Getsêmani significa “lagar de azeite”. Era um espaço aberto no grande olival do Monte das Oliveiras. Tal como se fazia nas vinhas dos judeus, instalou-se ali um lagar para transformar a colheita em azeite.
Situado no sopé do Monte das Oliveiras, localizado a leste da cidade de Jerusalém, erguia-se um pouco acima do Cedrom. Era dominado pelas altas muralhas do Monte Moriá e pelo pináculo do Templo. A sua esquerda estendia-se o vale de Josafá com seus muitos túmulos.
O jardim era um lugar isolado aonde Jesus ia frequentemente com seus discípulos. Ali ele também orou com agonia antes de ser traído por Judas (Lc 22.39-44).
Uma tradição do século quarto situa o jardim a uns 46 metros a leste do poente do Cedrom, onde atualmente há uma área cercada na qual se encontra um grande número de belas flores, além de oito nodosas oliveiras, muito antigas e extraordinariamente grandes. Acredita-se que essas arvores datem de tempos remotos como a época do Senhor. A doce simplicidade em que se mantém o jardim, assim como sua tranquilidade, fazem dele um lugar adequado para a meditação. Milhões de pessoas visitam o lugar e se impressionam profundamente.
A uns 91 metros em direção ao norte há um lugar mais distanciado da estrada que alguns consideram mais lógico para ser o jardim do Getsêmani. De qualquer modo, o monte das Oliveiras onde o Filho de Deus padeceu agonia pela humanidade estava localizado em algum lugar dessa região.
Flávio Josefo declara que o general romano Tito mandou cortar as arvores dos arredores de Jerusalém durante o cêrco no ano 70 d.C. Isto pode ter acontecido; porém, ao se cortar as oliveiras, os troncos rebrotam e a arvore sobrevive indefinidamente.